segunda-feira, 10 de junho de 2013

OPERAÇÃO "FLORESTA CAXIUANÃ" APREENDE VEÍCULOS, ANIMAIS E MADEIRA ILEGAL

A Operação “Floresta de Caxiuanã”, realizada entre os dias 5 e 12 de junho, mobilizou homens do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (Gflu), Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) e Delegacia Especializada em Meio Ambiente (Dema), com a parceria do Centro Gestor Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama), para o combate intensivo a crimes ambientais, pirataria, tráfico de drogas, contrabando e prostituição infanto juvenil na região de Portel, Breves e Melgaço, na Ilha do Marajó.
 Segundo o diretor do Grupamento Fluvial Integrado e coordenador geral da operação, delegado de Polícia Civil Dilermando Dantas Júnior, a Floresta Caxiuanã vem sendo alvo, principalmente, da extração ilegal de madeira. Só neste ano, foram apreendidos cerca de dois mil metros cúbicos de toras, na região. “Vamos combater com rigor todos os tipos de ilegalidade praticadas naquela área”, frisou o diretor.
 A ação contou com o apoio de duas embarcações de ação rápida (EAT), uma lancha voadeira, duas motocicletas, um terminal de comunicação via satélite e um helicóptero, equipamentos do Sistema de Segurança Pública. Para a operação, a Cesipam disponibilizou antenas de comunicação via satélite (VSat). O Ibama garantiu suporte, por meio de informações e conhecimentos técnicos sobre o tipo e as características das madeiras que estão sendo extraídas de forma ilegal, além do apoio com guias florestais.
Durante a operação foram apreendidos uma balsa com rebocador, um caminhão “Romeu e Julieta”, um caminhão tipo truck, dois tratores agrícolas, duas carregadeiras para carregamento de toras, um barco de transporte de material, um grupo gerador, uma motosserra, 1350 m³ de madeira em tora, 52 m³ de madeira serrada, treze brincos produzidos com penas de araras ameaçadas de extinção e um macaco da espécie guariba (Aloattacaraya), que estava sendo criado na Vila Acangatá, em Portel. O animal foi levado para o zoológico do Museu Paraense Emílio Goeldi para, posteriormente, ser encaminhado para o Centro Nacional de Primatas, em Ananindeua.
 Ao longo da ação, os policiais aplicaram sanções administrativas. Foram feitos dois bloqueios no Sistema do Documento de Origem Florestal (DOF) de serrarias locais, por apresentarem informações falsas no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora). Várias multas também foram aplicadas por crime ambiental (desmatamento, transporte e depósito de madeira sem licença).
Vereadores exigem que as apreensões fiquem em Portel
 O presidente da Câmara Legislativa do município de Portel, Francisco Ângelo de Oliveira Júnior, foi ao Centro de Operações, instalado na embarcação “André Luiz”, acompanhado de treze vereadores da cidade, e solicitou que parte da madeira apreendida seja doada ao município. O grupo de vereadores também recebeu informações sobre a operação e de que forma as serrarias do município estão trabalhando, se em acordo ou não com normas federais.
 Segundo o delegado Dilermando Dantas Júnior, a madeira apreendida será entregue à Prefeitura de Portel, a título de doação sumária, com o compromisso de ser utilizada em ações sociais, como a construção de uma Casa de Apoio, de escolas e de carteiras escolares, devendo a administração do município atender ao que determina a Instrução Normativa nº 028, do Ibama. “O maquinário apreendido também será entregue ao município de Portel, a título de fiel depositário, aguardando decisão de autoridades competentes”, acrescentou.

Fonte: Agência Pará

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