A piscicultura em Gurupá vem se consolidando como atividade produtiva e de geração de renda |
A piscicultura vai garantir o abastecimento de peixe durante todo o mês de abril, mesmo com o início do período do defeso em Gurupá, no Arquipélago do Marajó, e consequentemente nos municípios que importam pescado. De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), desde janeiro de 2021 já foram comercializadas 130 toneladas, e a expectativa é chegar a 180 toneladas até o final de abril. São 22 produtores garantindo a criação e reprodução da tabatinga, resultado do cruzamento do tambaqui com a pirapitinga, que tem grande aceitação na região. O quilo da tabatinga gira em torno de R$ 12,00.
A criação de peixe em Gurupá ganhou força a partir de 2010 quando ex-alunos da Casa de Família Rural, projeto desenvolvido pela Empresa de Assistência Técnica, se interessaram pelo negócio. A partir de 2012, quando o Banco da Amazônia liberou crédito para os criadores, o empreendimento começou a se consolidar.
"O custo é alto, e inclui cavar tanques e comprar alevinos, rações e equipamentos. Muitos queriam, mas não tinham como bancar. A parceria com o banco permitiu que cada um tirasse R$ 45 mil, R$ 50 mil, para investir. A tabatinga é a espécie mais cultivada, e apenas um ou dois investem também no matrixã, de maior custo, porque vem de Goiânia (GO)", informa o técnico da Emater em Gurupá, Ted Fonseca.
O melhor período de comercialização é o primeiro quadrimestre do ano, por conta da escassez de pescado em razão do defeso. O consumo para 2021 está dentro do esperado até agora, mesmo com o aumento do preço final para o consumidor. "No ano passado, o quilo ficava entre R$ 8,00 e R$ 10,00. Ocorre que o preço da ração praticamente dobrou durante a pandemia, e o preço do peixe acabou subindo. Ainda assim tem tido um bom retorno. Os produtores vendem muito para Laranjal do Jari (município do Amapá), Breves (no Marajó) e principalmente em Gurupá, onde o mercado local absorve bastante", detalha o técnico.
Fonte: Agência Pará
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