A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio de seu 7º Centro Regional de Saúde (CRS), que atua nos municípios localizados na Ilha do Marajó, vem promovendo uma grande ação de multivacinação chamada “Missão Gotinha”.
A campanha tem como objetivo atualizar a carteira de vacinação da população destas cidades, ampliar a cobertura vacinal e concluir esquemas vacinais através da oferta de todos os imunizantes presentes no calendário vacinal. A missão ocorrerá até o dia 21 de dezembro, percorrendo localidades de difícil acesso, sendo a maioria remanescentes quilombolas.
A equipe técnica de vigilância em saúde do 7º CRS desenvolveu um aplicativo para acompanhar em tempo real a evolução da missão. Trata-se de um painel onde é possível ter acesso às informações coletadas no momento do registro da população, além de constar qual foi o imunizante aplicado em cada uma das pessoas vacinadas.
Diego Inácio Souza, analista de sistemas do 7º CRS, explicou a origem e os benefícios da iniciativa: “A ideia do aplicativo surgiu durante uma rodada de conversas entre membros de nossa Diretoria de Vigilância em Saúde, buscando melhorar a experiência de coleta de dados. O aplicativo tem como objetivo, além de catalogar o registro das doses, gera um dashboard detalhado com todas as informações em tempo real de como a ‘Missão Gotinha’ está sendo executada, possibilitando adaptação constante das estratégias utilizadas conforme o avanço da campanha em cada munícipio”, afirmou.
A estratégia de vacinação conta com três pontos de aplicação, sendo dois deles itinerantes, que vão até as localidades e outro fixo localizado no porto da balsa entre Salvaterra e Soure. Estão sendo oferecidos doses de vacina como a BCG (contra tuberculose), Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), poliomielite, influenza, entre outras.
O coordenador do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do 7º CRS, Yuri Silva, fez um balanço dos primeiros dias da “Missão Gotinha”: “Até hoje, dia 16, temos 1.718 doses aplicadas em 727 pessoas vacinadas. 60% desta população se declara pardo ou quilombola, 33% são adultos e a maioria é do sexo feminino”. Estas informações coletadas serão utilizadas para a definição de estratégias de campanhas futuras.
“Este é um trabalho feito por muitas mãos, não seria possível realizá-lo sem esforços da coordenação estadual, regional e a contribuição dos municípios. Queremos um impacto positivo na população que reside na região e nos turistas que buscam o Marajó como destino de viagem. A ação com certeza irá ampliar a cobertura vacinal da região, trazendo benefício para todos”, acrescentou o coordenador.
Fonte: AGPA
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