Quatro homens armados assaltaram uma família ribeirinha, na região das Ilhas de Belém |
“Os assaltantes invadiram a casa, os machucaram, humilharam e assaltaram”, descreve Josiele que, somente ontem (14), pôde registrar o Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Fluvial, que vai investigar o caso. Também na tarde de ontem, outra família ribeirinha procurou pela Polícia Fluvial para registrar que foi vítima de 4 assaltantes armados que invadiram a casa onde moram, na região das ilhas. A família teve seus pertences roubados e foi agredida, ou seja, dois crimes com as mesmas características e que já começa a assustar a população ribeirinha da capital paraense.
O pai de Josiele tem 59 anos de idade, é feirante, e a mãe tem 57 anos. Os dois tiveram os nomes preservados, porque estão com medo de que os bandidos possam voltar e matá-los. A mãe nasceu na ilha e nunca havia passado por uma situação como esta. Abalada, quando ouve o ruído do motor de qualquer embarcação próximo de sua casa, entra em pânico.
RELATO
Os pais de Josiele já estavam dormindo quando, pouco depois das 23h30, acordaram com a ação brutal dos suspeitos que adentraram a casa derrubando a porta da frente. “Eles amarraram os meus pais, procuravam por dinheiro e armas, mas não temos isso em casa”, relatou Josiele. “Eles reviraram a casa toda, então começaram a agredir os meus pais”, acrescentou.
Mesmo sem encontrar dinheiro e armas, os assaltantes roubaram os aparelhos de televisão e de som, roupas, tênis e também a lancha do casal – até então, o item de maior valor que foi roubado. “Um dos suspeitos ainda chegava a debochar, dizendo que nada ia pegar para ele, porque era menor de idade”, exclamou a jornalista.
INVESTIGAÇÃO -
Na Delegacia de Polícia Fluvial, policiais civis que estavam de serviço confirmaram para a reportagem do DIÁRIO que a denúncia havia sido registrada e que as investigações já estão em andamento. - A polícia suspeita que o caso relatado pela jornalista Josiele Soeiro se trate de um grupo de piratas que começou a assaltar não somente embarcações, mas também ribeirinhos.
(Denilson D’Almeida/Diário do Pará)
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