A Associação dos Defensores Públicos do Estado do Pará enviou ao blog nota pública (leia abaixo) sobre a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias na Assembleia Legislativa.
A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Assembleia Legislativa do Pará, rejeitou emenda, mesmo com parecer favorável, para alteração dos
percentuais dos órgãos autônomos do Estado.
Existe uma disparidade entre os percentuais dos órgãos que compõem o
sistema de justiça. Enquanto a Defensoria Pública tem somente 1,64% da Receita
Líquida Resultante de Impostos, o Ministério Público possui 5,15% e o Tribunal de
Justiça 9,76%.
A Defensoria Pública possui 256 membros, enquanto as outras carreiras (MP
e TJ) possuem por volta de 350 membros cada.
O orçamento atual da Defensoria Pública não comporta a contratação dos
aprovados no último concurso. Já foram chamados 12, restando 42, sendo que 6 tem
direito líquido e certo à nomeação, pois estão dentro das vagas.
A Comissão de Finanças perdeu uma grande chance de corrigir o erro na
divisão orçamentária (a favor do aumento do percentual da Defensoria Pública:
Deputados Júnior Hage e Carlos Bordalo) (contra o aumento: Deputados Milton
Campos, Eliel Faustino, Sidney Rosa, Coronel Nil, Ozório Juvenil, Luthe Rebelo,
Renato Ogawa, Iran Lima e Eliane Lima).
O Líder do Governo, Deputado Eliel Faustino, orientou a bancada do
governo a votar contra a emenda a favor da Defensoria Pública, sendo seguido pela
maioria.
Como sugestão de contrapartida, alguns deputados sugeriram que fossem
feitas emendas parlamentares ou suplementação orçamentária.
Explicando para a população paraense, emendas parlamentardes e
suplementação não são verbas garantidas de forma ao gestor chefe da Defensoria
Pública ter para nomeação de mais Defensores Públicos.
Essas verbas são transitórias, ou seja, podem ser dadas em 2018, mas não é
garantido para 2019. Como nomear um Defensor Público se em 2019 não sabe se
irá ter essa verba?
A nomeação de mais Defensores Públicos passa, sim, pelo aumento
orçamentário. Emendas parlamentares e suplementação não garantem nomeações de
mais membros para a Defensoria Pública.
A Comissão de Finanças OPTOU, por maioria (exceto os Deputados Júnior
Hage e Carlos Bordalo), PELA NÃO NOMEAÇÃO de mais Defensores Públicos a
fim de assistir à população mais carente do Estado.
Existem hoje 36 aprovados no cadastro de reserva do último concurso para
Defensor Público. E mesmo com um déficit de quase 100 Defensores Públicos, a
CFFO da ALEPA optou por não aprovar o aumento de percentual que garante as
nomeações e a assistência jurídica integral e gratuita para a população mais pobre
desse Estado.
A CFFO da ALEPA mais uma vez contra a população mais carente do
estado.
Fabio Pires Namekata
Presidente da ADPEP
Como votou o dep. Thiago Araújo
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