sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

MELGAÇO: PARCERIA ENTRE EMATER E PREFEITURA BENEFICIARÁ QUASE 3 MIL FAMÍLIAS

Na foto: Marluth Fialho, assessora parlamentar e representante da Semma de Melgaço; Rosival Possidônio, diretor técnico da Emater; Cleide Amorim, presidente da Emater, e Ricardo Fialho, secretário de Meio Ambiente de Melgaço
Um convênio entre a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e a Prefeitura de Melgaço, no Arquipélago do Marajó, beneficiará cerca de 2 mil e 800 famílias de agricultores, especialmente ribeirinhos. De acordo com avaliação conjunta das instituições, o município, considerado o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, apresenta potencial considerável para hortifruticultura, pesca artesanal e piscicultura.
 Os termos da parceria começaram a ser tratados na manhã desta sexta-feira (25) em uma reunião no escritório central da Emater, em Marituba, região metropolitana de Belém, entre a presidente da Emater, Cleide Amorim; o diretor técnico da Emater, Rosival Possidônio; o secretário de meio ambiente de Melgaço, Ricardo Fialho, e a assessora parlamentar e representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) de Melgaço, Marluth Fialho.
 O objetivo é promover segurança alimentar e gerar trabalho e renda, de modo a combater a pobreza no campo e inserir os agricultores na dinâmica socioeconômica, a partir de lucro real, preservação ambiental e consolidação das organizações sociais.
 Para a presidente da Emater, Cleide Amorim, o resgate de dignidade e cidadania para os agricultores familiares, por meio de projetos consistentes e acompanhamento direto das equipes extensionistas, é uma das premissas de atuação da Emater: “A agricultura familiar é um valor inestimável. Os municípios dependem dela, o estado, o Brasil, o mundo. A agricultura familiar alimenta a sociedade e salvaguarda a cultura, a tradição, a herança abstrata da coletividade. Quando se proporcionam condições dignas de trabalho e de vivência às comunidades rurais, o resultado é desenvolvimento sustentável sem precedentes”, contextualiza.
 Segundo o secretário de meio ambiente Ricardo Fialho, Melgaço não é uma realidade típica e deve ser entendida em pressupostos diferenciados: “Nossas vias são os rios: existem comunidades a 8h de lancha da sede do município, a 16h de barco. São condições geográficas, sociais, de acesso, de escoamento da produção, muito próprias. As dificuldades atuais não se significam intransponíveis ou irreversíveis: o município está cada vez mais se desenvolvendo, superando as barreiras, e reconhecemos a agricultura familiar como fundamental no processo de revitalização das bases e progresso geral”, diz.
 De acordo com a assessora Marluth Fialho, a expectativa é que o estreitamento da parceria com a Emater impulsione sobretudo as cadeias do pescado (cultivo de tambaqui, tucunaré e camarão regional; pesca artesanal de jiju, filhote, pescada branca e tucunaré), dos sistemas agroflorestais (safs) na recuperação das áreas degradadas, da horticultura (cheiro-verde, cebolinha etc.) e do extrativismo de açaí: “O agricultor familiar é uma força de trabalho e um elemento social que sustenta a história passada, presente e futura do município. A Emater representa difusão tecnológica, crédito rural, troca de conhecimentos, tudo o que ajuda a estruturar e evoluir. Uma das nossas metas imediatas, por exemplo, é a realização de Feiras do Produtor, nas quais o produtor possa vender diretamente seus produtos, com vantagem para a comunidade, para o produtor e para o consumidor final”, aponta.

Texto e Foto: Aline Miranda

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