sexta-feira, 8 de março de 2013

ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORAS GANHA CADA VEZ MAIS FORÇA EM PORTEL

Fundada em 2010, com o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), a Associação de Mulheres Agroextrativistas da Ilha Grande do Pacajaí (Amaigp), a primeira organização social feminina do meio rural de Portel, no Marajó, acaba de reeleger a diretoria, mantendo a agricultora Marta Figueiredo como presidente.
A Associação representa 80 mulheres daquele assentamento federal, uma comunidade atendida pela Emater desde 2008 e ladeada pelos rios Anapu e Pacajá: ali, cerca de 1 mil e 200 famílias trabalham principalmente com açaí, farinha d’água, pesca artesanal e artesanato.
A cerimônia de posse, no dia 19 de fevereiro, reafirmou no município a trajetória de um movimento de fortalecimento de gênero e de busca por direitos, como acesso a educação, saúde e políticas públicas específicas.
“Podemos dizer que a Amaip simboliza a inauguração de uma luta política em defesa da mulher rural de Portel e no próprio Marajó. O meio ainda é machista e resistente: pouco a pouco, essas trabalhadoras vêm conquistando espaço, oportunidade, mercado e cidadania. A Emater tem promovido capacitações, para que elas diversifiquem as atividades e adquiram independência de mão-de-obra e trabalho, e orientado o aperfeiçoamento da estrutura administrativa e mobilizadora da Associação, inclusive no que tange a crédito rural”, diz o chefe do escritório local da Emater, o técnico em agropecuária e geógrafo Jocimar Mendonça.
Alguns dos esforços mais atuais da Amaigp vêm no sentido de firmar parcerias com Secretarias municipais: “Com a Secretaria de Saúde [Sesma], por exemplo, elas estão negociando treinamento e amparo para as parteiras; com a Secretaria de Trabalho e Ação Social [Semtras], cursos de corte-e-costura e estilização de roupas. A Emater atua não só para ajudá-las a produzir na terra e na água, com mais tecnologia e informação, com mais comercialização e qualidade; a Emater ajuda na constituição de outros benefícios, porque são todos direitos que se interligam: o sentido e o exercício de cidadania têm que ser completos”, explica.

Texto: Aline Miranda - Ascom/EMATER

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