sexta-feira, 8 de março de 2013

EMATER INCENTIVA A DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO EM PORTEL

O trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Portel, no Marajó, está garantindo a diversificação da produção entre os agricultores familiares. Aqueles que um dia foram madeireiros, hoje plantam açaí e investem na piscicultura. Apenas um produtor, que em outubro passado povoou um tanque escavado com 15 mil alevinos, pretende durante a Semana Santa abastecer o mercado local com mais de nove toneladas de pescado, um rendimento que ultrapassará R$ 100 mil.
 O mercado de Portel, para o próximo feriado, será abastecido por espécies de tambaqui, tabatinga e tambacu. O produtor rural Juranir Pereira, mais conhecido como Nicolau, sozinho, despescará de seu único tanque, de 1500 m², cerca de 13 mil exemplares que, pesando cerca de 700 gramas, será vendido a R$ 12 cada. O projeto iniciou em outubro passado, data de liberação do custeio por parte do Banco da Amazônia, já visando o consumo certo naquela época festiva, sendo que o produtor tem até dois anos para pagar o financiamento.
 Segundo o chefe local de Portel, o técnico em agropecuária, Jocimar Mendonça, que tem acompanhado o projeto quase que semanalmente, o desenvolvimento do projeto está acima da média. “Estamos monitorando a engorda dos peixes, com uma alimentação adequada. Assim como o projeto do Nicolau, ainda estamos acompanhando outros quatro projetos”, destacou.
 Sobre a diversificação da produção, Mendonça ressalta que já existe um movimento entre os produtores na mudança das atividades rurais. Até pouco tempo atrás, a extração de madeira era a principal fonte de renda desta população. “O trabalho da Emater está justamente fazendo frente ao problema. Precisamos orientá-los e conscientizá-los. Sabemos que o assunto é delicado, mas estamos fazendo a nossa parte e estamos contando com o apoio dos agentes financeiros”, afirmou. O incentivo produtivo da Emater está voltado também para a produção de produtos agrícolas que possam ser facilmente adquiridos pela prefeitura para a alimentação do alunado portelense, por meio do Programa Nacional de Merenda Escolar (PNAE), como o milho, o arroz e a macaxeira.

Fonte: Kenny Teixeira (ASCOM)

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