Reunião no IAP que selou a parceria contou com a presença de representantes de diversos órgãos ligados ao turismo |
À frente de programas de televisão sobre animais do bioma de várias partes do mundo, há mais de 10 anos, Richard também vê a necessidade de apesentar as artes e cultura dos locais por onde passa. “Viajo o mundo inteiro e sou amante da cultura. Infelizmente, o que vejo sendo vendido lá fora não é o melhor que o Brasil tem a oferecer. Por isso, a intenção de criar este projeto”, informou o apresentador durante a reunião realizada no Instituto de Artes do Pará, na manhã desta quinta-feira, 14.
Segundo Richard, o diferencial do projeto se dá em dois pontos: no mapeamento do melhor na produção de artesanato no interior dos estados brasileiros; e no modo como este artesanato será apresentado. “Os produtos que são colocados lá fora não nos representam, simplesmente porque são ruins. O melhor do Brasil não está sendo visto pois falta alma nesses produtos. O que a gente precisa é colocar nossa identidade”, afirmou.
Para o presidente do IAP, Fábio Souza, a parceria do Governo do estado com o Projeto Terra, “é exatamente o que nós precisamos para entrar definitivamente no Marajó. Por isso queremos implementá-lo”, enfatizou. Fundamentalizado de forma ampla, agregando os órgãos de turismo, assistência social e tecnologia presentes no estado, a implementação do Projeto Terra no Pará pretende ser mais que um simples polo de venda e circulação de produtos artesanais. A proposta de começar pelo Marajó traz como mote não apenas a beleza do artesanato marajoara, mas sim a necessidade de melhorar os índices de IDH da região, considerada hoje uma das mais pobres do estado.
A partir deste primeiro alinhave, a implementação do Projeto Terra segue agora para os estudos técnicos, onde serão definidas as frentes de entrada de cada órgão, contando ainda com a interlocução da ONG No Olhar. Segundo a diretora da ONG, Patrícia Gonçalves, a presença da No Olhar chega pelo interesse da entidade em auxiliar as comunidades marajoaras, “a trabalhar de forma sustentável, com uma produção limpa através daquilo que o Marajó já faz; ou seja melhorar as formas de trabalho e vida na comunidade”, explicou.
Após as definições das linhas de trabalho dos órgãos, o Projeto Terra deve ser colocado em prática em cerca de três meses. “Nós queremos que esse projeto saia do campo espiritual e se torne palpável e concreto”, finalizou Richard Rasmussem. A reunião contou com a presença de representantes da Secretaria de Estado de Turismo, Paratur, Pro Paz, Belemtur, Secretaria de Estado de Assistência Social, Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, ONG No Olhar, Sebrae-Pará, Loja Katmandu (SP) e Projeto Terra.
Fonte: Ag. Pará
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