Representantes do movimento Acorda Marajó e empresários dos transportes hidroviários que fazem viagens para o arquipélago avançaram, nesta quarta-feira (12), na discussão acerca da melhoria dos serviços oferecidos pelas empresas, durante reunião na sede da Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon), em Belém. Melhorias na qualidade do transporte, entre elas a melhor higienização dos ambientes das embarcações, como banheiros e lanchonetes, foram asseguradas pelos representantes das empresas Arapari e Banav, que fazem linha para a região.
O encontro, mediado pelo presidente da Arcon, Antônio Neto, também apontou encaminhamentos para a adequação dos assentos das embarcações e para a capacitação da tripulação no atendimento de urgência aos passageiros. Apesar do impasse quanto ao reajuste da tarifa – que se sustenta devido à decisão judicial que suspendeu o reajuste a do preço da passagem da classe econômica, mantendo a tarifa em R$ 20 –, representantes do movimento e empresários deverão unir esforços para que os novos assentos sejam viabilizados por intermédio de alguma linha de financiamento federal.
João Pena, um dos coordenadores do movimento, avaliou positivamente o encontro. Segundo dele, cerca de 80% da pauta inicial do movimento foi atendida. “Consideramos essa reunião positiva, sobretudo porque itens que foram colocados na mesa, como a questão da higienização e da avaliação da tarifa e do cardápio da lanchonete, que não condizem com a realidade marajoara, foram garantidos pelas empresas. Vamos aguardar as coisas caminharem de acordo com o que foi acordado, mas saímos satisfeitos”, afirmou.
O empresário Carlos Bannach, dono da empresa Rodofluvial Banav e representante do Sindicato das Empresas de Navegação do Pará, disse que, a partir de agora, o trabalho será contínuo. “Desde o início das reuniões, estão sendo feitas melhorias no serviço, e isso inclusive foi reconhecido pelo movimento. Quanto à troca dos assentos, além da proposta do movimento, de recorrermos a uma linha de financiamento, vamos ver se trocamos por conta própria, mas isso resvala na questão da tarifa, já que os atuais R$ 20 não dão conta de manter a operação”, afirmou.
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