As obras do Linhão do Marajó estão adiantadas. Em quatro meses, os primeiros municípios do arquipélago, Portel, Breves e Bagre, começam a receber a energia elétrica firme da hidrelétrica de Tucuruí, segundo o coordenador da obra, engenheiro Romel Guerrero. A faixa de servidão que está sendo aberta na mata para receber a linha de transmissão, conforme autorizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, já chega a 90 quilômetros do total de 150 quilômetros de extensão com 30 metros de largura previstos.
O Linhão do Marajó tem um custo de R$ 473 milhões e a construção foi iniciada há nove meses. Serão beneficiados 450 mil habitantes de 15 municípios em duas etapas de obras, com duração de 18 meses cada uma. Na primeira etapa, a energia será levada de Cametá para a localidade de Parada do Bento e de lá para Portel, Breves e Bagre, além de Melgaço e Curralinho que serão contemplados no início de 2011. Na segunda fase, a energia firme vai chegar a Anajás, Afuá, Chaves, Cahoeira do Arari, Santa Cruz do Arari, Salvaterra, Soure, Ponta de Pedras, Muaná e São Sebastião da Boa Vista.
Só pra lembrar, o município de Gurupa será atendido com fonte alternativa de geração de energia elétrica.
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Isso é um sonho que queremos que se realize o mais rapido possível ! O nosso marajó necessita de dias melhores, com implantações de indústrias e fontes alternativas de geração de emprego ! são dezenas de milhares de pais de famílias desempregados ! torcemos para que essa situação melhore...
ResponderExcluirBeleza,sou portelense vivo em portel e posso confirmar que realmente essa obra está bem avançada por aki, muitas torres erguidas prontas pra receber fiação... (cabos eletricos)e enquanto a substação essa nem se fala ai é que está pronta mesmo!...aguardem em breve energia de qualidade pra todos os marajoáras!!!
ResponderExcluirSó queria saber se ver internet via fibra ótica pra cá tb?
ResponderExcluirDe início, cabe observar que o linhão está causando sérios impactos no meio ambiente. Depois, centenas de moradores, p. ex., do Acutipereira, tiveram suas terras destruídas e a madeira retirada. Como fica essa situação? Serão indenizados? Outra detalhe: o linhão por si só não trará o progresso para Portel, tem que haver todo um preparo, pois a violência dos madeireiros já fala por si mesma.
ResponderExcluir[Nelson Tembra] Acabei de assistir notícia na TV sobre a insatisfação de índios, populações tradicionais e representantes de movimentos sociais com relação à falta de informação sobre a construção da Hidrelétrica de Belo Monte. Lamentavelmente, a falta de informação e de oitiva das pessoas diretamente afetadas por “grandes obras” não são “privilégios” das populações do Rio Xingu, na Amazônia.
ResponderExcluirO mesmo tipo de problema está ocorrendo no Município de Portel, também no Estado do Pará, a TERRA DE DIREITOS, de governo popular cuja grande obra é cuidar das pessoas, mas onde alguns dos ribeirinhos que sobrevivem às margens do Rio Acutipereira, e que possuem inclusive documento de Cessão de Direito de Uso concedido pela Gerência Regional do Patrimônio da União (GRPU/SPU), protestam da forma como foi conduzido o processo de licenciamento ambiental e está sendo feita a construção da faixa de servidão da linha de transmissão de energia – o linhão do Marajó.
Eles reclamam do licenciamento ambiental e dizem que não foram realizados levantamentos prévios detalhados das benfeitorias e dos ativos naturais que existiam nas áreas atingidas pela faixa de servidão, que lhes foram subtraídos, de forma que permitissem estabelecer a exata extensão dos danos causados em cada parcela de terra, as alterações no modo de vida desta população, e a justa compensação e a mitigação desses danos.
De acordo com os ribeirinhos, “não foram realizadas audiências públicas, ninguém foi ouvido previamente”. O governo pode simplificar o processo de licenciamento, mas isso não deveria permitir que atropelassem aqueles que já vivem em extrema dificuldade, em verdadeiro estado de abandono e miséria.
O ribeirinho Lucivaldo Monteiro Leal, por exemplo, com os olhos embaçados, diz que por um erro no traçado da engenharia, sua área sofreu dois desmatamentos para passagem do linhão, um errado e o outro “correto”. “Perdemos cerca de 6,0 hectares de espécies que serviam para o sustento de nossa família, como a Bacaba, Bacuri, Patauá, sem falar na madeira derrubada das espécies Araracanga, Cupiuba, Marapajuba, Cumaru, Muiracatiara, Maçaranduba e outras inclusive plantas medicinais”.
Rosilda Figueiredo Miranda diz que perdeu 3,0 hectares de culturas de subsistência e espécies extrativas, e que a área do linhão não poderá nunca mais ser usada com os seus roçados ou qualquer outra atividade produtiva. “Nós que vivemos aqui sempre conservamos a natureza, pois dependemos dela, o governo vem e destrói”.
Outra reclamação unânime dos ribeirinhos atingidos pela faixa de servidão diz respeito aos estragos provocados pelas máquinas pesadas no solo, que no inverno fica intrafegável, acumula água parada e favorece a proliferação do mosquito da dengue e outras doenças.
Os ribeirinhos também lamentam: “o governo faz propagandas dizendo que esta obra irá trazer o desenvolvimento, mas perguntamos desenvolvimento para quem? Temos a leve impressão de que só veremos mesmo a energia passar por cima de nossas cabeças e nada mais”. “Não somos contrários ao progresso, apenas queremos nossos direitos preservados”.
os caras aqui estão todo o vapor
ResponderExcluirparabens a todos que realiram esta obra, pois foram o maximo e que esse trabalho continue em outros lugares a todo vapor. michele
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