Os produtores de seringueira do Marajó querem o apoio do governo do Estado para conseguir recursos federais com o fim de viabilizar a produção de borracha na região. |
O programa da Sedap, que chegou a ser incluído no plano federal de Desenvolvimento Territorial Rural, começou em 2013 no município de Anajás, mas parou no ano seguinte por causa da mudança de governo e de prioridades.
Hoje os produtores querem a reativação dos seringais nativos do Marajó, que possui 30 milhões de árvores em seis municípios, 10 milhões só em Anajás, onde será desenvolvido o projeto piloto com produção de borracha, açaí e essência de óleos vegetais.
A área para o plantio já está pronta, mas não tem a estrutura necessária para absolver a produção de borracha e precisa de uma pequena agroindústria para beneficiar o açaí e extrair o óleo vegetal. O programa já cadastrou duas mil famílias de produtores, 400 só na área de seringueira. Cada um tem capacidade para produzir meia tonelada de borracha por mês, mas o projeto está parado por falta de comprador.
“A produção tem mercado garantido porque o Brasil importa 160 mil toneladas de borracha anualmente da Malásia e Indonésia”, informou o agrônomo Paulo Soares, da Federação Agropecuária do Pará (Faepa), que assessora a prefeitura de Anajás. O secretário de Agricultura do município, Ozemar Alves, disse que “o projeto é a esperança de crescimento de Anajás, que tem 90% da população de 30 mil habitantes abaixo da linha de pobreza”.
O secretário Giovanni Queiroz vai tentar viabilizar linhas de microcrédito no Banco do Estado Pará (Banpará) para atender os produtores e sugeriu também os recursos do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf-Floresta), “mas é preciso que os agricultores estejam adimplentes junto às instituições financeiras para recuperar o crédito bancario”, alertou.
Fonte: Agência Pará
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