Extráido do Blog do Dário Pedrosa
Moradores da Ilha do Marajó (Arari), cansados de reclamar para Arcon, sem resposta, reuniram-se para formar uma entidade, sem fins lucrativos, para representar o volumoso grupo dos usuários do transporte rodofuvial Belém/Marajó.Após inúmeras denúncias de maus tratos, por parte das empresas responsáveis pela execução dos serviços de transporte coletivo de passageiros e carga, resolveram tomar a decisão de reunirem-se em torno da defesa de causas comuns dos usuários dos municípios de Salvaterra, Soure, cachoeira do Arari e Santa Cruz do Arari. Da reunião surgiu a idéia de criar a Associação dos Usuários de Transporte Rodofluvial Belém/Marajó, e foi o que eles fizeram. A entidade já está com as atas e edital prontos, agora entram na discussão para formação do estatuto, que permitirá a legalização.
“Precisamos nos organizar para cobrar nossos direitos, com a certeza de que seremos ouvidos e as providências serão tomadas” diz Ricardo Corrêa, advogado que assina como um dos fundadores da entidade. Ele acredita que a forma mais eficiente que se tem é organizar a sociedade civil para cobrar dos órgãos governamentais que atuem com eficiência na fiscalização e penalização dos prestadores de serviço que não respeitam a legislação e nem os contratos firmados com as instituições responsáveis.
O Comandante Marcos, da Arapari, atracado no Porto da Foz do Rio Camará.
Para Kleberson Queiroz, outro fundador, o problema está na forma que está se tratando essa questão. “O transporte é fator determinante para o nosso desenvolvimento, aqui no Marajó. Se as autoridades não ouvem a nós moradores e usuários como vão saber dos nossos problemas e assim nunca poderão resolve-los” diz o servidor público ratificando a necessidade de que o Governo do Estado tenha um canal direto com a comunidade e este canal possa acompanhar, de perto, a resolução dos problemas e os processos abertos para investigar denuncias.
Vários documentos já foram enviados aos órgãos de Governo, inclusive Arcon, denunciando as mazelas por que passam os moradores e visitantes com relação aos serviços de transporte, mas nunca se tem resposta. “Nunca se sabe o que estão fazendo, se é que estão fazendo alguma coisa.” Diz Paulo Melk Nascimento, na reunião de criação da entidade.
Desde o valor de passagens é questionado, até as condições de higiene nos banheiros e o tratamento dispensado aos passageiros pela tripulação. Os horários das viagens, as licitações realizadas para escolha das empresas responsáveis e o uso dos equipamentos dos portos e das balsas.
Mais idéias que tornem a entidade mais eficiente, podem ser enviadas nos comentários aqui desta matéria, que encaminharemos a comissão montada para legalizar a entidade. Agora é a nossa vez de dizer o que queremos e o que pensamos.
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