sábado, 7 de janeiro de 2012

MARAJOARAS DO ARARI CRIAM ASSOCIAÇÃO PARA COBRAR MELHORIAS NO TRANSPORTE INTERMODAL NO MARAJÓ

Extráido do Blog do Dário Pedrosa
Moradores da Ilha do Marajó (Arari), cansados de reclamar para Arcon, sem resposta, reuniram-se para formar uma entidade, sem fins lucrativos, para representar o volumoso grupo dos usuários do transporte rodofuvial Belém/Marajó.

Após inúmeras denúncias de maus tratos, por parte das empresas responsáveis pela execução dos serviços de transporte coletivo de passageiros e carga, resolveram tomar a decisão de reunirem-se em torno da defesa de causas comuns dos usuários dos municípios de Salvaterra, Soure, cachoeira do Arari e Santa Cruz do Arari. Da reunião surgiu a idéia de criar a Associação dos Usuários de Transporte Rodofluvial Belém/Marajó, e foi o que eles fizeram. A entidade já está com as atas e edital prontos, agora entram na discussão para formação do estatuto, que permitirá a legalização.

“Precisamos nos organizar para cobrar nossos direitos, com a certeza de que seremos ouvidos e as providências serão tomadas” diz Ricardo Corrêa, advogado que assina como um dos fundadores da entidade. Ele acredita que a forma mais eficiente que se tem é organizar a sociedade civil para cobrar dos órgãos governamentais que atuem com eficiência na fiscalização e penalização dos prestadores de serviço que não respeitam a legislação e nem os contratos firmados com as instituições responsáveis.
O Comandante Marcos, da Arapari, atracado no Porto da Foz do Rio Camará.
Para Kleberson Queiroz, outro fundador, o problema está na forma que está se tratando essa questão. “O transporte é fator determinante para o nosso desenvolvimento, aqui no Marajó. Se as autoridades não ouvem a nós moradores e usuários como vão saber dos nossos problemas e assim nunca poderão resolve-los” diz o servidor público ratificando a necessidade de que o Governo do Estado tenha um canal direto com a comunidade e este canal possa acompanhar, de perto, a resolução dos problemas e os processos abertos para investigar denuncias.

Vários documentos já foram enviados aos órgãos de Governo, inclusive Arcon, denunciando as mazelas por que passam os moradores e visitantes com relação aos serviços de transporte, mas nunca se tem resposta. “Nunca se sabe o que estão fazendo, se é que estão fazendo alguma coisa.” Diz Paulo Melk Nascimento, na reunião de criação da entidade.

Desde o valor de passagens é questionado, até as condições de higiene nos banheiros e o tratamento dispensado aos passageiros pela tripulação. Os horários das viagens, as licitações realizadas para escolha das empresas responsáveis e o uso dos equipamentos dos portos e das balsas.

Mais idéias que tornem a entidade mais eficiente, podem ser enviadas nos comentários aqui desta matéria, que encaminharemos a comissão montada para legalizar a entidade. Agora é a nossa vez de dizer o que queremos e o que pensamos.

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