quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PARÁ TEM MENOS DE 2 MÉDICOS POR HABITANTE

Saúde e educação são as áreas com maior ausência do poder público no Estado do Pará, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No comunicado de número 129, intitulado de "Presença do Estado no Brasil: federação, suas unidades e municipalidades", o IPEA analisa a atuação do Estado em diversas áreas como saúde, educação, assistência social, previdência social, trabalho, entre outras.

De acordo com o estudo, o Pará possui a segunda pior relação entre número de médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para cada mil habitantes. A taxa no Pará é de apenas 1,5, à frente apenas do Maranhão, com 1,3. A melhor taxa está em Sergipe, com 4,2, seguido por Rio Grande do Sul (4,1), Minas Gerais (3,9) e São Paulo (3,9). Os números são os mais recentes, levantados em dezembro de 2009 dentro do banco de dados do SUS.

O Pará segue a tendência da região Norte, que tem a pior relação. Em toda a região, são apenas 28.510 médicos, para atender uma população de 15,3 milhões de pessoas. A taxa é de apenas 1,9 para cada mil habitantes.

O número de médicos na região Norte é cerca de quatro vezes menor que o registrado no Nordeste (126,4 mil), que teve taxa de 2,4 médicos para cada mil habitantes. O maior índice ficou nas regiões sul e sudeste, ambas com 3,7 médicos a cada mil habitantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que é ideal é de um profissional para cada mil habitantes.

Ainda neste eixo avaliado, o Pará apresenta outros resultados preocupantes: é o quinto na relação entre número de estabelecimentos de atendimento ambulatorial pelo SUS a cada mil habitantes. De acordo com a pesquisa, existem apenas três unidades como essa a cada mil habitantes no Estado. O Pará ficou à frente do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.

Já em relação ao número de leitos de internação, o Pará ocupa posição intermediária, ficando na 12ª colocação, com 11.121 leitos. O pior número ficou com Roraima, com 822 e Amapá, com 923. O maior número está em São Paulo, com 60.204 leitos.

De modo geral, a presença do Estado na área da saúde se mostra com desequilíbrio regional, desfavorecendo as regiões menos desenvolvidas do país, com menos presença de profissionais com nível de instrução superior e menor quantidade de leitos disponíveis para internação. Além dos fatores econômicos, agravam a situação de desigualdade, a dimensão e a complexidade das suas áreas e as dificuldades de locomoção decorrentes destas condições.

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