Dengue, meningite, tuberculose, hanseníase e malária são alguns dos males que mais ameaçam a vida dos paraenses, conforme levantamento feito pelas secretarias Estadual e Municipal de Saúde (Sesma e Sespa). O Dia Mundial da Saúde, comemorado hoje e instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948, é uma oportunidade para refletir sobre as causas dessas doenças e começar a colocar em prática hábitos saudáveis.
De acordo com dados da Sespa, malária é a doença que mais leva os paraenses aos hospitais, com mais de 25 mil casos notificados somente neste ano. Dengue é outra vilã. O número de casos confirmados foi de aproximadamente 18 mil, de janeiro a abril de 2011 e de mais de 12 mil no mesmo período deste ano. Na capital, segundo a Sesma, 5.244 casos de dengue foram notificados e 1.751 confirmados, também em 2011. Porém, o que mais tem levado pacientes aos postos de saúde de Belém são as doenças diarréicas (10.587 casos ano passado). Essas e outras enfermidades, contudo, podem ser evitadas a partir da adoção de medidas simples, dentro e fora de casa.
O levantamento da Sespa sobre as doenças com maior incidência no Pará aponta ainda a tuberculose (3.300 novos casos por ano); doença de Chagas (141 casos em 2011 e 15 somente de janeiro a 30 de março desse ano); hanseníase (3.670 casos de 2011 a 27 de janeiro desse ano); Aids (12.532 casos de 1980 a junho de 2011); e acidentes de trânsito (3.510 pessoas sofreram acidente de trânsito e, em 2010, esse número passou para 13.421 vítimas). Titular da pasta, Hélio Franco lembra ainda leishmaniose e hepatites, que também levaram muitos paraenses aos hospitais. 'Malária ocorre principalmente no Marajó e na região de Itaituba, por conta dos garimpos.
A leishmaniose é mais no sul do Pará, em especial a região de Conceição do Araguaia. Já a hanseníase é mais comum na região sudeste, por conta do fluxo migratório. A tuberculose é mais comum nas cidades. Tem outra doença gravíssima que é a doença de Chagas, onde 98% dos casos do Brasil estão no Pará', ressaltou. Segundo ele, uma das maneiras de se evitar o problema é higienizar o açaí. 'Basta colocar o fruto 10 segundos em água de 80 graus e acabou a possibilidade de contrair a doença', explicou o secretário de Saúde. 'Outra questão que preocupa é a gripe H1N1 (dois casos confirmados no Pará este ano) ', declarou Hélio, lembrando que haverá distribuição da vacina contra a doença no período de 5 a 25 de maio.
Em relação às hepatites B e C, o secretário afirma que a incidência é alta porque muitas pessoas não tomam as três doses da vacina contra a doença, como deveria ser. Sobre as condições de vida da população, o que leva muitas pessoas a contrair doenças que poderiam ser facilmente evitadas, Hélio destaca que uma situação séria que existe no Estado, em especial no Marajó, é a questão da água - que não é tratada adequadamente. 'Para prevenir hepatite e doenças diarréicas, basta ferver a água ou jogar hipoclorito, que é distribuído nos municípios'.
Cuidados nos lares ajudam na prevenção - Médico de família, Paulo Humberto Mendes de Figueiredo destaca os cuidados que a população deve tomar para não ser vítima dessas doenças. O principal é evitar o acúmulo de água. Cuidados com água consumida em casa também são importantes para prevenir doenças diarréicas - como lavar bem os alimentos e ferver água antes de beber. Praticar atividade física também é importante. Paulo observa que o exercício físico deve estar associado a outras medidas, como uma alimentação saudável, sem gordura, exagero de sal e evitando fritura.
Jhanny Matias, vendedora de 25 anos, conta que teve dengue duas vezes seguida. A Sesma descobriu que o foco estava em um terreno abandonado ao lado da casa onde ela mora. 'Passei uma semana internada nos dois casos, porque eu perdi muito peso', revela. Hoje, o terreno já está ocupado e os novos donos costumam tomar conta do local. 'E em casa nós procuramos tomar muitos cuidados, não só conta a dengue. Não deixo acumular água parada e lavo bem os alimentos', afirmou.
Ações - Os órgãos da área de saúde também praticam ações com o intuito de reduzir o número de doenças. Leila Flores, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica, informou que a Sesma tem sua rede de atenção básica de saúde formada pelas Unidades Municipais de Saúde e Equipes da Estratégia de Saúde da Família, que realizam atendimento ambulatorial a saúde atendendo a demanda espontânea e agendamento em programas. As ações são desenvolvidas de forma integrada com vários seguimentos da Prefeitura Municipal de Belém.
Já a Sespa age em vários municípios paraenses com uma série de ações preventivas e de combate às doenças. As atividades, dependendo do agravo, incluem campanhas junto à população, distribuição de equipamentos, diagnóstico nos pacientes e parceria com os municípios.
Fonte: http://www.orm.com.br/
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