Ruas, bares, esquinas, casa noturnas, estes foram os principais locais percorridos para o levantamento de dados sobre os direitos sexuais e reprodutivos de mulheres em situação de prostituição realizados nos estados do Amapá, Pará e Tocantins.
No total, 95 mulheres em situação de prostituição, com idades entre 15 a 30 anos, participaram do Projeto Meu Ventre, Meu Tempo. Para obter os resultados do levantamento foi aplicado um questionário com sete perguntas sobre os motivos para início na prostituição, violência doméstica e/ou sexual, tratamento preventivo, interrupção voluntária da gravidez (aborto) e tráfico de mulheres.
Das mulheres entrevistas 73,34% iniciaram na prostituição ainda na adolescência, com idade entre 12 a 15 anos. Entre os motivos destacam-se: a necessidade financeira, falta de opção, criar os filhos, fugir do abuso sexual na infância-adolescência.
No levantamento também foi apontado que 56% das entrevistadas já sofreram algum tipo de violência sexual. Quando perguntadas sobre o aborto, 52% afirmaram que já fizeram a interrupção e 11% preferiram não responder a pergunta.
No Tocantins a pesquisa foi realizada nos municípios de Dianópolis, Paraíso e Palmas. No Pará foi realizada na Ilha de Marajó, na região de Soure. E no Amapá, a pesquisa foi aplicada no município Pedra Branca do Amapari.
“Esperamos que com este trabalho possamos contribuir para a efetivação dos direitos e servir ainda como referência para solucionar as dúvidas do cotidiano de diversos profissionais e ativistas de direitos humanos, em especial das próprias mulheres que são alvo deste trabalho”, destacou a presidenta da Casa 8 de Março, Bernadete Aparecida Ferreira.
A cartilha Pela Vida, Por Todas que contém as informações completas sobre o levantamento de dados, realizado entre novembro de 2010 a novembro de 2011, está disponível na sede da Casa 8 de Março e também para download no site institucional da entidade: www.casaoitodemarco.org.br.
Projeto
O Projeto Meu Ventre Meu Templo é uma ação do GMEL - Grupo Mulher, Ética e Libertação, e executado pela Casa Oito de Março - Organização Feminista do Tocantins com o apoio do Fundo Social Elas.
O GMEL – Grupo Mulher, Ética e Libertação é formado por mulheres que estão e/ou estiveram em situação de prostituição.
São mulheres que lutam por melhores condições de vida, pelo direito humano a não se prostituir e por políticas públicas voltadas para a igualdade e equidade no acesso a direitos.
A Casa 8 de Março é uma Organização feminista, sem fins lucrativos, com sede em Palmas,Tocantins e atuação desde 8 de março de 1998. E tem como principal objetivo apoiar a luta das mulheres marginalizadas, em situação de prostituição, trabalhadoras rurais e em situação de vulnerabilidade social.
Fonte: http://www.ogirassol.com.br/pagina.php?editoria=Últimas+Notícias&idnoticia=38385
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