A Polícia Civil investiga a morte de um menino de 9 anos, ocorrida na noite de quinta-feira (12), em Soure, na ilha do Marajó. O caso foi registrado na manhã desta sexta-feira (13) na delegacia local, por volta das 10h30.
A polícia tomou conhecimento da morte do garoto a partir de denúncia feita por um vizinho da família da criança. O caso está sendo investigado pela superintendência da polícia dos Campos do Marajó.
Preside o inquérito o delegado Arilson da Silva Caetano.
“O que já apuramos até o momento é que o menino se acidentou com álcool, mas não descartamos a possibilidade de ritual macabro”, cogita. Segundo ele, testemunhas afirmam que dois membros da família da criança, que se chamava Robson, teriam envolvimento com a prática de magia negra. Neste momento, o corpo está no Instituto Médico Legal (IML), em Belém.
Arilson Caetano conta que a família da criança sustenta a versão de que a morte do menino teria sido em decorrência de um acidente doméstico ocorrido na casa dos avós, às 15 horas de quinta. O menino teria colocado fogo no próprio corpo acidentalmente. Segundo testemunha, os pais da criança apagaram o fogo com água, mas não a levaram para o hospital. Robson teria morrido por volta de 23 horas, na casa dos pais.
“Além de esclarecermos a circunstância da morte, estamos investigando a omissão de socorro, já que a criança não foi levada para o hospital”, diz o delegado.
“Ao tomarmos conhecimento do fato, fomos até a casa da criança e descobrimos que o corpo estava sendo velado e seria sepultado sem que a polícia fosse informada. A família já tinha conseguido um laudo médico que atestava como natural a morte do garoto”, conta.
“Levamos, então, o corpo para o hospital, onde o médico constatou que havia lesão por queimadura, mas declarou que apenas a necropsia poderia determinar a causa da morte. Providenciamos o transporte do corpo e seguimos com a investigação”, detalhou o policial.
A Polícia Civil coleta informações que auxiliem na elucidação do caso. A casa da avó da criança, onde o acidente teria acontecido, será periciada. Neste momento, o delegado Arilson Caetano tenta localizar a avó de Robson. Parentes e pessoas ligadas à família também devem ser ouvidas pela autoridade policial.
Fonte: Ag. Pará
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