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Período conturbado que em nada contribuiu para a história do nosso país. Tempo de terror, de opressão e muitas mortes. Mataram tanto estudantes e militantes como mataram muito da nossa arte, da nossa cultura, da nossa história, calaram a nossa voz com uma censura implacável e impiedosa. Assim foi a ditadura militar no Brasil!
É uma pena perceber que resquícios daquele miserável período ainda ecoam nos dias de hoje em todos os campos da sociedade, ainda que disfarçados.
Sem mais delongas observemos apenas alguns exemplos.
Segundo Platão e Aristóteles, os ditadores ganham o controle social e político despótico pelo uso da força e da fraude. A intimidação, o terror e o desrespeito às liberdades civis estão entre os métodos usados para conquistar e manter o poder.
A opressão a funcionários contratados no sentido de obriga-los a levantar uma bandeira, contra sua vontade, ou o impedimento da manifestação de opinião contrária aos interesses de uma determinada candidatura específica, em detrimento da ameaça de demissão ou outras sanções, não seria isto comportamento ditatorial?
Ou há alguma diferença entre o fato narrado e a mutilação de obras literárias no período da ditadura militar, que foram publicadas incompletas para não ferir a imagem dos ditadores no poder?
Atitudes como estas ferem o principio da impessoalidade, da liberdade de expressão, são amorais e ainda deturpam direitos garantidos pela nossa Carta Magna.
Desculpem-me os que tomam esses funcionários por covardes, não devemos julgá-los assim, e sim por vítimas, vítimas de um sistema que infelizmente insiste em perpetuar características que há muito deveriam está sepultadas com os vários mártires da ditatura.
Ouvindo rock e buscando inspiração ao escrever este texto ouvi uma estrofe que foi ao mesmo tempo coincidente, pertinente e até cômica: ninguém respeita a constituição! Mas todos acreditam no futuro da nação! Que país é esse? (Paralamas do Sucesso).
Voltando ao texto relembro com louvor que em 1985 chega ao fim o regime Militar e inicia-se a redemocratização que tem como principal marco já em 1988 a aprovação de uma nova constituição para o Brasil, e que a partir de então estabelece soberania ao povo.
Constituição da República Federativa do Brasil, Art. 1º. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Por fim e não menos importante, que possamos nas próximas eleições exercer esta soberania na hora do voto, garantindo nossos direitos, votando consciente, sem medo e com convicção, como homens livres e honrados, demonstrando toda a nossa força e lembrando as palavras do filósofo Inglês John Stuart Mill:
“Uma pessoa com convicção tem a força de 100 mil com interesses apenas”.
Terceira Via,
Anajás – PA.
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Alguns vícios perversos insistem em permear a humanidade. Na antiguidade desfarçaram-se de senhores feudais, de clérigos usando capas que em nome de Deus prenderam, jugaram e mataram. Na atualidade ainda jorram como "cachoeiras" as maléficas intenções daqueles que demostines, digo, demonstram superior seus interesses em detrimento ao social. Assim como Gandhi podemos travar uma batalha silenciosa e pacífica afim de derrotar aqueles que usam, nãos mais capas mas sim paletó e gravata. Oxalá que aqueles que estão à margem da sociedade tivessem a oportunidade de ler seu texto Bruno, sabidamente teriam ciência de seu poder e dever, por consequência o resultado seria uma sociedade mais justa e mais perfeita. (Francisco Fernandes)
ResponderExcluirPertinente o comentário e, a bem da verdade, atualíssimo. Contudo, gostaria de enfatizar que grandes marcos das lutas contra esses "abusos" emanou do povo que jamais se acovardou, adí dizer que é melhor gritar no sentido de sepultar tais atos à baixar a cabeça, pois assim feito jamais se terá coragem e dignidade para orientar corretamente um filho, vistosa que esses, principalmente quando pequenos, se miram em heróis, e o primeiro é o próprio pai, portanto, grite, denuncie, não seja mais uma vítima.
ResponderExcluirPS. Se não me falta a memória, a música é do "Legião Urbana".
Pertinente e oportuno o texto, parabéns. Eu entendo que essas vítimas estejam na condições de reféns, entretanto, os grandes heróis existiram e existem em função de lutarem por seus ideais e jamais se curvarem às normas ditatoriais até hoje impostas "goela abaixo". Gritemos ou jamais poderemos orientar nossos filhos sobre um caminho digno a seguir, vez que, enquanto crianças, são fascinadas por heróis e não esqueçamos que o maior de todos é o prórpio pai. O espelho.
ResponderExcluirPS. Se não me falta memória, o trecho da música é do Grupo Legião Urbana.
Agradeço a Francisco Fernandes e aos anônimos pela contribuição com o post.
ResponderExcluirÉ sempre importante lembrar que: "Não existe democracia, sem pessoas democratas de pensamento e atitudes democráticos".
Terceira Via,
Anajás - PA